segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

JOÃO RODRIGUES COLAÇO FUNDOU NATAL...



POR ALBERTO PINHEIRO DE MEDEIROS
Após a expulsão dos franceses, por D. Manuel Mascarenhas Homem, foi construída a Fortaleza dos Reis Magos, de madeira, iniciada em 6/1/1588 e concluída em 24/6/1588, quando tomou posse o primeiro Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, João Rodrigues Colaço. A Fortaleza atual ficou pronta somente em 1628.

No dia 25/12/1599, João Rodrigues Colaço fundou Natal, sendo celebrada a primeira missa, numa pequena capela, no local onde hoje se ergue a praça André de Albuquerque. Depois de sofrer algumas
reformas, a Capela ficou pronta em 1619.

Os holandeses dominaram o Rio Grande do Norte de 1633 a 1654. Natal passou a se chamar Nova Amsterdan e a fortaleza Castelo Ceulen. O Capitão-Mor Pero Mendes de Gouveia lutou bravamente, sendo, porém, vencido. Derrotado Joris Gardizman assumiu o omando da Capitania.

Os holandeses realizaram os massacres de Cunhaú e Uruaçu, cujos mártires foram beatificados em 2000 pelo Papa João Paulo II. Após a expulsão dos holandeses, a cidade, estava em ruínas. O Capitão-Mor Antonio Vaz Gondim tomou providências para reconstruir a cidade e a capitania. Em Natal procurou soerguer a fortaleza, parcialmente estruída, refazer a Matriz e demais casas, etc. Segundo Cascudo “Vaz Gondim fez milagres de energia, operaridade e animação”

A paz não durou muito tempo na Capitania. Os silvícolas se revoltaram, dominando, praticamente, todo o sertão, na chamada “Guerra dos Bárbaros” chegaram até Ceará-Mirim. Os colonos temendo um massacre ameaçaram abandonar Natal. O Capitão-Mor Pascoal Gonçalves de Carvalho, em 1689, baixou edital, e terminando prender e confiscar os bens de quem tentasse sair da capital.Finalmente, Bernardo Vieira de Melo pacificou os nativos.

Após a Revolução de 1817, o Rio Grande do Norte se libertou da tutela de Pernambuco e em 1818 se criava uma nova comarca, com sede em Natal. O momento era difícil e em 1824, surge nova volução,
formando a Confederação do Equador. Tomás Araújo evitou uma guerra civil na Capitania. Em 1/12/1824 a ordem era restabelecida em todo o Nordeste.

O Brasil proclama sua emancipação política em 1822. Natal comemora o evento com festa no dia 22/1/1823, pela junta que governava a Capitania.

O processo de industrialização começou no final do séc. XIX, quando o grupo Pedroza/Barreto aliado a família Maranhão fundou uma fábrica de tecidos. Outras industrias: a de óleo, de caroço de algodão, na Ribeira e uma fábrica de sabão, no Alecrim.

O processo de industrialização começou no final do séc. XIX, quando o grupo Pedroza/Barreto aliado a família Maranhão fundou uma fábrica de tecidos. Outras industrias: a de óleo, de caroço de algodão, na Ribeira e uma fábrica de sabão, no Alecrim.

Ao alvorecer da época da aviação (1922-1937) Natal, pela sua posição Geográfica, ocupou um lugar de destaque. Primeiro, foram os hidroaviões e depois, surgiram os aviões. Entre os pioneiros, marcou presença Jean Mermoz.

O Aeroporto de Parnamirim foi inaugurado em 14 de outubro de 1927.
Juvenal Lamartine governava com punho de ferro o Rio Grande do Norte, perseguindo seus opositores. João Café Filho fugiu para a Paraíba e se aliou a “Aliança Liberal” que apoiava Getúlio Vargas e João Pessoa, para Presidente e Vice, respectivamente. Os revolucionários de 1930, vindos da Paraíba, sob o comando do Major Luis Tavares Guerreiro,chegaram a Natal sem encontrar resistência. Juvenal Lamartine tinha fugido do Estado. O povo natalense viveu uma época de pânico e temor. Vitoriosos, formaram um triunvirato para governar o Estado: Luis Tavares Guerreiro, Abelardo Torres da Silva e Júlio Pontes. A partir de 6/10/1930, o Rio Grande do Norte passou a ser dirigido por interventores.

Em 1/1/1931, chegou a Natal o Capitão Fragata Carlos Alberto Coraggio, trazendo a Coluna Capitolina, presente de Bento Mussoline, chefe do governo italiano, ao povo natalense. Visava comemorar o “raid” Roma-Natal, feito, feito pela dupla de aviadores italianos Del Prete e Fenarim. Os visitantes foram recebidos pro Irineu Joffily (Interventor Federal), Dias Guimarães (Prefeito) e, ainda, por Café Filho.

O Governo de Mario Leopoldo Pereira da Câmara se caracterizou pelas perseguições aos seus opositores. O seu substituto Rafael Fernandes Gurjão seguiu o seu exemplo.

Reinava um clima de intranqüilidade. Este contexto contribuiu para o êxito da Intentona Comunista de 1935. No poder, os comunistas constituíram um Comitê Popular Revolucionário e editaram o jornal “A
Liberdade”. Com a derrota dos comunistas fugindo para o interior e após um combate na Serra do Doutor, debandaram.

Os pioneiros da aviação, passando por Natal, vindos ou se dirigindo para outros lugares, projetaram a cidade internacionalmente. Foi, entretanto, durante a Segunda Guerra Mundial, servidno de ponto de apoio, para as tropas aliadas na África, que se consagrou definitivamente no cenário mundial,recebendo, inclusive, o título de “Trampolim da Vitória”.
Antes de o país entrar no conflito, Natal vivia um clima de guerra: blackouts, abrigos antiaéreos e manobras militares. O Brasil entrou na guerra em 1942

No dia 28/01/1843, Getúlio Vargas se encontrou, em Natal, com Franklin Delano Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, na chamada “Conferência de Natal”. A cidade ganhou duas bases: uma aérea e outra naval. Dez mil soldados americanos estiveram em Natal. Ilustres personalidades passaram por Natal, que ganhou um aspecto cosmopolita na década de 40. O aumento da população atingiu um índice de 88,2%!

Em 1960, a cidade elegeu Djalma Maranhão seu prefeito. Ele promoveu uma verdadeira revolução no ensino, através da campanha do “Pé no chão também se aprende a ler”, alfabetizando crianças e adultos.

A partir de 1959, com a fundação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o ensino superior começou a se consolidar, assando a ser ponto de atração para os habitantes dos centros urbanos do
interior.

Outros fatores contribuíram para um rápido crescimento de Natal: a modernização das rodovias, crise na agricultura (1956 a 1966) e, sobretudo, grandes investimentos públicos na capital. Em 1960, o governados Aluízio Alves, construiu o primeiro conjunto Habitacional, a Cidade da Esperança. Outros seriam construídos, provocando a expansão urbana. A cidade se estenderia para alem do Rio Potengi, formando a “Zona Norte”. Aos poucos, vão surgindo os edifícios de apartamento, dentro de condomínios fechados.


O Turismo, entretanto, passou a ser fator predominante, no desenvolvimento e modernização de Natal. Surgiram pousadas e, sobretudo, grandes hotéis na Via Costeira. Mudança de hábitos, com a valorização dos shoppings. Foram criadas zonas especiais de intere
sses turísticos, na orla marítima. O Carnatal, ou seja, carnaval fora de época, no mês de dezembro, se constitui no maior evento da área turística.

Na educação, cresce a participação da iniciativa particular, inclusive no ensino superior. Alem da Universidade Potiguar, existem faculdades para executivos, Universidade de Natal, Câmara Cascudo, etc. Na Cultura, o maior nome é Luis da Câmara Cascudo, um dos sete maiores folcloristas do mundo. Entre escritores e poetas, existem grandes nomes:Américo de Oliveira Costa, Esmeraldo Siqueira, Waldson Pinheiro, Nei Leandro de Castro, Diva Cunha, Diógenes da Cunha Lima, D. Nivaldo Monte, João Wilson Melo, etc.

Historiadores: além de Câmara Cascudo, Tarcísio Medeiros, Olavo de Medeiros Filho, Enélio Lima Petrovich, Marlene da Silva Mariz, Denise Mattos, etc.


FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

JOÃO RODRIGUES COLAÇO


 
Nasceu em Pernambuco no dia 17 de novembro de 1556 e veio para esta capitania em fins do século XVI: Não fez parte da jornada de Mascarenhas Homem. Ou já estava no Rio Grande, o que é pouco provável ou teria chegado logo depois(GALVÃO, p. 42). Foi nomeado primeiro Capitão-mor da Capitania do Rio Grande por alvará de 18 de janeiro de 1600, conforme registro no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa, Chancelaria de D. Filipe II, L. 8, fi. 297. Informações contidas na Relação de Ambrósio de Siqueira (1605), no entanto, permitem supor que tenha assumido tal cargo já em 24 de julho de 1598 (MEDEIROS Filho, p. 14), quando nessa data assumira apenas as funções de Capitão da Fortaleza (então ainda sendo erguida), posto que não existia, de fato, um território a administrar: (...) Mascarenhastrouxera da Bahia instruções para dar-lhe posse no cargo de capitão da Fortaleza. Apenas do estabelecimento militar, pois a capitania não tinha ainda nenhuma expressão política e a Fortaleza, somente em defensa, reunia todo o conjunto da administração(op. cit., p. 39). Coube a Jerônimo de Albuquerque o trato de assuntos políticos, notadamente visando a promoção da paz com os nativos: Esteve realmente Jerônimo de Albuquerque, nesse tempo, no Rio Grande mas não na qualidade de capitão-mor e sim a fomentar amizades com os morubixabas, o Diabo Grande por exemplo, e a preparar e a juntar os índios a mandado de Gaspar de Souza, conclui o BARÃO DE STUDART, citado por HÉLIO GALVÃO (1999, p. 40). Antes de sua vinda Colaço capitaniara a transferência de uma Companhia de Recife para a Bahia (entre agosto de 1595 e março de 1596). Aqui, fez várias concessões de sesmarias, entendendo, em conformidade com o discurso da Metrópole, que o povoamento e o cultivo da terra eram fundamentais à consolidação da conquista, tendo sido ele próprio beneficiário de 800 braças, ao longo do Rio Potengi, que lhe foram doadas por Mascarenhas Homem em 9 de janeiro de 1600 (foi ele o primeiro sesmeiro nesta Capitania). Solicitara 2.600 braças, justificando para tal haver comprado escravos daGuiné e ter o propósito de desenvolver umas roças, cujos trabalhos já haviam sido iniciados sob a vigilância de um feitor. Ao passar o overno ao sucessor, Jerônimo de Albuquerque, voltou a Lisboa e não se sabe de presença sua posterior no Brasil
Casado com Beatriz de Menezes (1536 - 1596), de acordo com o site GENI
Faleceu em 1647

Observação
Solicitamosa os eventuais leitores que, caso disponham de outras
informações que possam enriquecer este verbete, favor encaminhá-las à Fundação José Augusto através do seu Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, situado na Rua Jundiaí, 641,
Tirol, CEP 59020-120, ou, pelo E-mail fjacepejul@rn.gov.br
FONTE - FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

ALVARÁ DE POSSE DE JOÃO RODRIGUES COLAÇO


ALVARÁ DE POSSE DE JOÃO RODRIGUES COLAÇO
DOCUMENTOS1) ALVARÁ de nomeação de João Rodrigues Colaço
de Capitão da Fortaleza do Rio Grande — (18.01.1600), por certidão de 20 de outubro de 1971 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Palácio de São Bento -Lisboa), primeiro e legítimo documento divulgado no Brasil a partir daquela data. Pesquisa histórica
do Dr. Ivoncísio Meira de Medeiros, filho do também autor Tarcísio Medeiros, em face de bolsa de estudo concedida pela Fundação Calouste Gulbenkian, e realizada de 1º de agosto a 30 de dezembro de 1971, nos Arquivos Históricos de Portugal.

2) CARTA PATENTE de nomeação de Jerônimo de Albuquerque, por certidão de 20 de outubro de 1971 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Palácio de São Bento -Lisboa). Documento publicado pela primeira vez por Vicente de Lemos, em Capitãesores e Governadores do Rio Grande do Norte

3) NOTA — Diversidade formal dos atos de nomeações, termos e poderes demonstram as diferentes funções exercidas por ambos na fase da colonização doRio Grande do Norte. Jerônimo de lbuquerque, por delegação de Mascarenhas Homem, foi o 1º Capitão da Fortaleza dos Reis Magos e co-fundador da Cidade do Natal, até a designação de João Rodrigues Colaço para o mesmo posto (Capitão da Fortaleza e inclusiveda Capitania), porque, como loco-tenente(subcomandante), vinha prestando serviço há dois anos, desde a época da expedição conquistadora (fim de 1597 — princípio de 1598).

A Carta Patente de nomeação de Jerônimo de Albuquerque, pelo conteúdo, informa que,após a gestão de João Rodrigues Colaçono cargo de Capitão, apenas, da Fortaleza, foi ele o primeiro e verdadeiro Capitão-Mor e Governador da Colônia, bem assim Comandante do “Forte”, por lhe ter sido dado em 1608, por D. Diogo de Menezes, Governador Geral do Brasil —(quando de viagem à Bahia arribou ao Rio Grande), os demais elementos componentes do Governo da Capitania, como: um juiz, um vereador, um escrivão da Câmara e um procurador dos índios (Vicente de Lemos -Capitães-Mores e Governadores do RN, pág. 9), o que antes não acontecera com João Rodrigues Colaço. Obs.: V. a propósito explicações nas págs. 22-23 deste estudo.
MEDEIROS, Tarcísio. Aspectos Geopolíticos e Antropológicos da História do Rio Grande do Norte. Natal: ImprensaUniversitária, 1973. Pág. 259.
FONTES :CÂMARA CASCUDO, Luís da. História do Rio Grande do Norte, 2ª edição. Rio de Janeiro: Fundação José Augusto / Ed. Achiamé, 1983.____________________________________________ .
Governo do Rio Grande do Norte, 2º vol. Mossoró: Coleção Mossoroense, série “C”, vol. DXXXI,
1989.GALVÃO, Hélio. História da Fortaleza da Barra do Rio Grande, 2ª edição. Natal: Fundação Hélio Galvão / Scriptorim Candinha Bezerra, 1999.MEDEIROS Filho, Olavo de.
Terra Natalense. Natal: Fundação José Augusto, 1991.
FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

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