POR ALBERTO PINHEIRO DE MEDEIROS
Após a
expulsão dos franceses, por D. Manuel Mascarenhas Homem, foi construída a
Fortaleza dos Reis Magos, de madeira, iniciada em 6/1/1588 e concluída em
24/6/1588, quando tomou posse o primeiro Capitão-Mor do Rio Grande do Norte,
João Rodrigues Colaço. A Fortaleza atual ficou pronta somente em 1628.
No dia
25/12/1599, João Rodrigues Colaço fundou Natal, sendo celebrada a primeira
missa, numa pequena capela, no local onde hoje se ergue a praça André de
Albuquerque. Depois de sofrer algumas
reformas,
a Capela ficou pronta em 1619.
Os
holandeses dominaram o Rio Grande do Norte de 1633 a 1654. Natal passou a se
chamar Nova Amsterdan e a fortaleza Castelo Ceulen. O Capitão-Mor Pero Mendes
de Gouveia lutou bravamente, sendo, porém, vencido. Derrotado Joris Gardizman
assumiu o omando da Capitania.
Os
holandeses realizaram os massacres de Cunhaú e Uruaçu, cujos mártires foram
beatificados em 2000 pelo Papa João Paulo II. Após a expulsão dos holandeses, a
cidade, estava em ruínas. O Capitão-Mor Antonio Vaz Gondim tomou providências
para reconstruir a cidade e a capitania. Em Natal procurou soerguer a
fortaleza, parcialmente estruída, refazer a Matriz e demais casas, etc. Segundo
Cascudo “Vaz Gondim fez milagres de energia, operaridade e animação”
A paz não
durou muito tempo na Capitania. Os silvícolas se revoltaram, dominando,
praticamente, todo o sertão, na chamada “Guerra dos Bárbaros” chegaram até
Ceará-Mirim. Os colonos temendo um massacre ameaçaram abandonar Natal. O
Capitão-Mor Pascoal Gonçalves de Carvalho, em 1689, baixou edital, e terminando
prender e confiscar os bens de quem tentasse sair da capital.Finalmente,
Bernardo Vieira de Melo pacificou os nativos.
Após a
Revolução de 1817, o Rio Grande do Norte se libertou da tutela de Pernambuco e
em 1818 se criava uma nova comarca, com sede em Natal. O momento era difícil e
em 1824, surge nova volução,
formando
a Confederação do Equador. Tomás Araújo evitou uma guerra civil na Capitania.
Em 1/12/1824 a ordem era restabelecida em todo o Nordeste.
O Brasil
proclama sua emancipação política em 1822. Natal comemora o evento com festa no
dia 22/1/1823, pela junta que governava a Capitania.
O
processo de industrialização começou no final do séc. XIX, quando o grupo
Pedroza/Barreto aliado a família Maranhão fundou uma fábrica de tecidos. Outras
industrias: a de óleo, de caroço de algodão, na Ribeira e uma fábrica de sabão,
no Alecrim.
O
processo de industrialização começou no final do séc. XIX, quando o grupo
Pedroza/Barreto aliado a família Maranhão fundou uma fábrica de tecidos. Outras
industrias: a de óleo, de caroço de algodão, na Ribeira e uma fábrica de sabão,
no Alecrim.
Ao
alvorecer da época da aviação (1922-1937) Natal, pela sua posição Geográfica,
ocupou um lugar de destaque. Primeiro, foram os hidroaviões e depois, surgiram
os aviões. Entre os pioneiros, marcou presença Jean Mermoz.
O
Aeroporto de Parnamirim foi inaugurado em 14 de outubro de 1927.
Juvenal Lamartine governava com punho de ferro o
Rio Grande do Norte, perseguindo seus opositores. João Café Filho fugiu para a
Paraíba e se aliou a “Aliança Liberal” que apoiava Getúlio Vargas e João
Pessoa, para Presidente e Vice, respectivamente. Os revolucionários de 1930,
vindos da Paraíba, sob o comando do Major Luis Tavares Guerreiro,chegaram a
Natal sem encontrar resistência. Juvenal Lamartine tinha fugido do Estado. O
povo natalense viveu uma época de pânico e temor. Vitoriosos, formaram um
triunvirato para governar o Estado: Luis Tavares Guerreiro, Abelardo Torres da
Silva e Júlio Pontes. A partir de 6/10/1930, o Rio Grande do Norte passou a ser
dirigido por interventores.
Em
1/1/1931, chegou a Natal o Capitão Fragata Carlos Alberto Coraggio, trazendo a
Coluna Capitolina, presente de Bento Mussoline, chefe do governo italiano, ao povo
natalense. Visava comemorar o “raid” Roma-Natal, feito, feito pela dupla de
aviadores italianos Del Prete e Fenarim. Os visitantes foram recebidos pro
Irineu Joffily (Interventor Federal), Dias Guimarães (Prefeito) e, ainda, por
Café Filho.
O Governo
de Mario Leopoldo Pereira da Câmara se caracterizou pelas perseguições aos seus
opositores. O seu substituto Rafael Fernandes Gurjão seguiu o seu exemplo.
Reinava
um clima de intranqüilidade. Este contexto contribuiu para o êxito da Intentona
Comunista de 1935. No poder, os comunistas constituíram um Comitê Popular
Revolucionário e editaram o jornal “A
Liberdade”.
Com a derrota dos comunistas fugindo para o interior e após um combate na Serra
do Doutor, debandaram.
Os
pioneiros da aviação, passando por Natal, vindos ou se dirigindo para outros
lugares, projetaram a cidade internacionalmente. Foi, entretanto, durante a
Segunda Guerra Mundial, servidno de ponto de apoio, para as tropas aliadas na
África, que se consagrou definitivamente no cenário mundial,recebendo,
inclusive, o título de “Trampolim da Vitória”.
Antes de
o país entrar no conflito, Natal vivia um clima de guerra: blackouts, abrigos
antiaéreos e manobras militares. O Brasil entrou na guerra em 1942
No dia
28/01/1843, Getúlio Vargas se encontrou, em Natal, com Franklin Delano
Roosevelt, presidente dos Estados Unidos, na chamada “Conferência de Natal”. A
cidade ganhou duas bases: uma aérea e outra naval. Dez mil soldados americanos
estiveram em Natal. Ilustres personalidades passaram por Natal, que ganhou um
aspecto cosmopolita na década de 40. O aumento da população atingiu um índice
de 88,2%!
Em 1960,
a cidade elegeu Djalma Maranhão seu prefeito. Ele promoveu uma verdadeira
revolução no ensino, através da campanha do “Pé no chão também se aprende a
ler”, alfabetizando crianças e adultos.
A partir
de 1959, com a fundação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o
ensino superior começou a se consolidar, assando a ser ponto de atração para os
habitantes dos centros urbanos do
interior.
Outros
fatores contribuíram para um rápido crescimento de Natal: a modernização das
rodovias, crise na agricultura (1956 a 1966) e, sobretudo, grandes
investimentos públicos na capital. Em 1960, o governados Aluízio Alves,
construiu o primeiro conjunto Habitacional, a Cidade da Esperança. Outros
seriam construídos, provocando a expansão urbana. A cidade se estenderia para
alem do Rio Potengi, formando a “Zona Norte”. Aos poucos, vão surgindo os
edifícios de apartamento, dentro de condomínios fechados.
O
Turismo, entretanto, passou a ser fator predominante, no desenvolvimento e
modernização de Natal. Surgiram pousadas e, sobretudo, grandes hotéis na Via
Costeira. Mudança de hábitos, com a valorização dos shoppings. Foram criadas
zonas especiais de intere
sses
turísticos, na orla marítima. O Carnatal, ou seja, carnaval fora de época, no
mês de dezembro, se constitui no maior evento da área turística.
Na
educação, cresce a participação da iniciativa particular, inclusive no ensino
superior. Alem da Universidade Potiguar, existem faculdades para executivos,
Universidade de Natal, Câmara Cascudo, etc. Na Cultura, o maior nome é Luis da
Câmara Cascudo, um dos sete maiores folcloristas do mundo. Entre escritores e
poetas, existem grandes nomes:Américo de Oliveira Costa, Esmeraldo Siqueira,
Waldson Pinheiro, Nei Leandro de Castro, Diva Cunha, Diógenes da Cunha Lima, D.
Nivaldo Monte, João Wilson Melo, etc.
Historiadores:
além de Câmara Cascudo, Tarcísio Medeiros, Olavo de Medeiros Filho, Enélio Lima
Petrovich, Marlene da Silva Mariz, Denise Mattos, etc.
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO